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quarta-feira, 1 de maio de 2019

A origem do café em Minas Gerais

(Por Arnaldo Silva) No início do século 18, o ouro de Minas passou a ser enviado também para outro caminho, o chamado "Caminho Novo". Através desse caminho, o ouro extraído em Minas era levado pelos tropeiros, até o porto do Rio de Janeiro. Mas voltavam com outra riqueza: o café. Levavam ouro e traziam sementes de café. 
          O plantio de café no território mineiro iniciou-se também no século XVIII. Com o declínio do Ciclo do Ouro, o café passou a ser a maior riqueza produzida no Estado, tendo sua produção chegado ao auge, no século XIX e início do século XX. (foto acima e abaixo de Tadeu Gomes em Imbiruçu, distrito de Mutum MG)
          O Caminho Novo, era o principal corredor de envio de café para a Europa. Como esse "Caminho Novo" era na região da Zona da Mata Mineira, a região foi a pioneira no plantio de café em Minas Gerais.
          O plantio foi crescendo, novas fazendas surgindo e a riqueza aumentando. A Zona da Mata foi a região mais rica de Minas até o início do século 20. Desde que foi introduzido em Minas, o café gerou riquezas e imponentes construções se destacam nas sedes das fazendas.
          Boa parte das grandes fazendas de café estão na Zona da Mata. A que mais se destaca é a Fazenda Santa Clara, em Santa Rita de Jacutinga MG, considerada a maior construção colonial das Américas. São vários casarões existentes na região, que marcam o período do café. Algumas ainda em atividades, outras, se transformaram em hotéis fazenda. (na foto acima, do Ivan Ruela, cafezal em Mutum MG, Leste de Minas)
          No início do século XX, muitos mineiros migraram para o oeste de São Paulo com o objetivo de plantar café o que acabou reduzindo a hegemonia da Zona da Mata. Com o sucesso do plantio do fruto em Minas e São Paulo, novas plantações foram surgindo em outros estados brasileiros como Espírito Santo e Rio de Janeiro. Hoje é plantado em praticamente todo o país. (foto acima de Ricardo e Widma de Alto Caparaó MG, do Sítio Pé de Breu)
          O café gerou riquezas para Minas Gerais, sendo passo importante para a industrialização do Estado. Começou na Zona da Mata e se estendeu por boa parte de Minas, gerando novos empregos e com a criação de novas empregos com o surgimento de têxtis, alimentícias, siderúrgicas, construção de usinas hidrelétricas, etc. 
Matas de Minas
          A Zona da Mata Mineira continua sendo uma das grandes produtoras de café não só em Minas, mas em todo o Brasil. Produz café tradicional e cafés especiais. O café especial da Zona da Mata e Leste de Minas é o Matas de Minas. (foto acima de Ricardo e Widma de Alto Caparaó MG, do Sítio Pé de Breu)
          O café produzido é o cereja e nessa região a opção é pelo cereja descascado. Seu aroma é achocolatado, sabor cítrico, com acidez média, doçura alta e corpo médio a encorpado. É de ótima qualidade, se destacando sempre em concursos de cafés especiais, tanto no Brasil como no exterior, com mercado de exportação para Japão, Estados Unidos e vários países da Europa.
          Essa região cafeeira é composta por 63 municípios, se destacando Alto Caparaó, Ervália, Manhumirim, Carangola, Alto Jequitibá, Araponga, Espera Feliz, Muriaé, Pedra Dourada, Tombos, Caparaó e Viçosa. Gera 75 mil empregos diretos e cerca de 150 mil empregos indiretos. 

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