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domingo, 31 de março de 2019

Kaol: o popular prato de Belo Horizonte

(Por Arnaldo Silva) O tradicional Café Palhares, é mais que um pequeno bar em Belo Horizonte. É parte da história da capital. Foi fundado em 1938 na rua dos Tupinambás, 638, bem no coração de BH. Resistiu a inúmeras mudanças de época e do centro e neste mesmo endereço está até os dias de hoje. Durante esses quase 80 anos em funcionamento, milhares de pessoas anônimas e famosas passaram pelo local. 
          Numa mesa ou no balcão do Palhares tomando cerveja geladinha e degustando os famosos pratos criados, muitas conversas e histórias contadas pelos seus frequentadores. Uma dessas conversas era de que a lendária Hilda Furacão chegou a frequentar o local. 
Na foto do Carlos Magno Foureaux o atual e tradicional Kaol, direto do balcão do Café Palhares:  Arroz, couve refogada, ovo frito, farofa de feijão inteiro, torresmo, linguiça de pernil e molho (ambos da casa)
          Até a década dos anos 1980 os bares tinham pouca presença de mulheres. Eram mais frequentados por homens. Com o objetivo de atrair um público mais diversificado para o estabelecimento, o Café Palhares passou a ser cafeteria, bar e restaurante. Foi no início dos anos 1980 que um prato bem simples criado no Café Palhares caiu no gosto dos belo-horizontinos. É o famoso kaol. 
          Antes basicamente frequentado por homens, hoje recebe famílias inteiras para almoçar no local. É um dos principais pontos da gastronomia mineira em Belo Horizonte. Antes era uma cafeteria que funcionava 24 horas por dia. Hoje um dos mais famosos e procurados restaurantes da capital mineira.
          O carro chefe do restaurante é sem dúvida o kaol, batizado com esse nome pelo compositor Rômulo Paes. O curioso é que esse prato foi preparado para os funcionários que trabalhavam no café. Kaol é uma sigla e quer dizer cachaça (com k mesmo para chamar mais a atenção), arroz, ovo e linguiça. O k é porque naqueles tempos o povo gostava muito de tomar um aperitivo antes do almoço. Diziam que era para abrir o apetite.
          Essa receita clássica caiu no gosto de quem experimentava por ser fácil de preparar, barata e bem simples. Pouco tempo depois vários outros estabelecimentos de Belo Horizonte começaram a servir kaol, mas acrescentavam uma rodela de tomate e as vezes uma, folha de alface. Era mais em conta que o tradicional Prato Feito.
          No Café Palhares, a receita original foi incrementada e hoje o kaol tem couve, torresmo, farofa de feijão, ovo frito e um molho de tomate com um segredo especial. Mas os proprietários não revelam o ingrediente secreto do molho. Está melhor que antes e continua sendo o prato mais pedido pelos clientes.

7 comentários:

  1. Deve ser uma delícia, principalmente, em solo mineirês!!!

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  2. Deve ser uma delícia, principalmente, em solo mineirês!!!

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  3. Estudante universitário em BH no início dos anos 80. Donheiro curto.Frequentei o Palhares na Tupinambás, perto de onde morava. O prato é singeli, mas rico em nutrientes, equilibrado e, mais importante, delicioso. Bons tempos.

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  4. Bons tempos, já peguei bóia lá muitas vezes, prato simplório mais delicioso.

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  5. Sim,um prato saborosissimo, nos anos 80 e 90,pude apreciar este prato delicioso por diversas vezes. E, ainda tem a resenha típica do ambiente.

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  6. Na década de 80 quando ia fazer curso pela minha empresa na capital tive a sorte de conhecer o Café Palhares. Antigamente comida nos restaurantes de BH só era servida "à La Carte" e na hora do almoço era uma complicação vagar um mesa, tinha até fila. O Kaol, uma comida rápida e saborosa, degustada ali no balcão mesmo economizava um tempo precioso para quem tinha só 1h de almoço. Só que conheci o prato em que o "k" era de couve. Vinha Couve, arroz, ovo e linguiça (ou pernil de porco fatiado). Uma delícia!

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  7. Eu já conhecia esse prato com o nome de "kaol" no final da década de 1960. E sempre foi "kouve", arroz, ovo e linguiça. Esse negócio de k ser "cachaça" é invencionice.

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